quinta-feira, julho 26, 2007

Coçando a bocetinha?

Pô, então vai ver "Persepolis". Eu assisti e aprovei.
Trata-se de uma adaptação de quatro álbuns de histórias em quadrinho escritas e desenhadas pela iraniana Marjane Satrapi onde ela ilustra histórias de sua infância e adolescência durante a Revolução Cultural Iraniana. Ok, tem muito mais coisa pra falar a respeito mas sou um péssimo crítico de cinema, principalmente quando se trata de cinema não-pornô.

Eu que sou um sujo, inescrupuloso e detentor de um coração de pedra de gêlo me emocionei. Fico só imaginando vocês ...





Veja também um pedaço do teaser:



Tá em francês ... virem-se. Esse blógue também é culturalmente segregacionista.

quarta-feira, julho 25, 2007

Soluções para um Brasil melhor - 2

Mas bem que eu tenho razão quando chamo de ruminantes a caterva petista. O caos aéreo poderia ser resolvido imediatamente com uma só canetada do presidente (hahaha...) Mulla.
Bastaria ele assinar uma portaria ditando que um avião só poderia ser considerado como atrasado se ele não decolasse/atrerrisasse em até 10 (dez) horas após o horário previsto. A incidência de atrasos passariam para menos da metade e todo mundo viveria mais feliz.
Embarcaríamos em um vôo que decola oito horas depois do horário previsto mas na prática não estaríamos atrasados e sim adiantados em duas horas.
Sacaram? Sacaram? Se quiserem eu posso desenhar ...

terça-feira, julho 24, 2007

Soluções para um Brasil melhor

Visando se antecipar às medidas de segurança enquanto durar o apagão aéreo (leia-se: até o fim do governo rumino-petista) e sem esperar pelas mudanças estruturais propostas pelo planalto (hahahaaaaa!!!), as companhias aéreas poderiam inovar e buscar por conta própria novas tecnologias para adequar os passageiros ao sistema aéreo brasileiro.
Com auxílio de vários centros de tecnologias do país e maciços investimentos por parte da iniciativa privada (claro!), seria possível encontrar soluções para contornar a falta de segurança crônica do setor.
Eu sugeriria, por exemplo, o desenvolvimento de armaduras anti-choque de amianto, revestidas em titânio e fibra de carbono. (foto dir.)

Testes em crash test dummies (foto esq.) comprovariam que em caso de acidente aéreo os passageiros teriam as chances de sobrevida aumentadas e em caso de falecimento da vítima o corpo ficaria intacto, facilitando a identificação e dispensando os custosos e demorados procedimentos realizados pelo instituto médico legal.
As armaduras poderiam ser pintadas com as cores e logotipos de sua respectiva companhia aérea e haveriam modelos para primeira classe e classe executiva (ou classe pau-de-arara voador). Em termos de equipamentos, os dois modelos seriam praticamente iguais, equipados com CD, rádio AM e FM, luz direcional no peito e nas mãos para a leitura noturna, pára-quedas e GPS.
As armaduras seriam fornecidas gratuitamente aos passageiros porém não eximiria os mesmos de tomarem extrema unção obrigatória antes do embarque afinal, pretensão, água benta e óleo dos enfermos não faz mal à ninguém.

sexta-feira, julho 20, 2007

Orkut, esse mundo estranho …

A primeira vez que me enviaram um convite para ingressar no Orkut eu deletei. Meu pensamento prático me fez imediatamente pensar: Que merda é essa? Após o quinto convite recebido de uma amiga eu assumi minha imbecilidade internética e tive coragem de perguntar pra que servia essa merda. E lá me ingressei.
A primeira impressão quando se entra no Orkut é estranha, a gente sai andando por todos os lados tentando entender o que se passa, olhando pra tudo, lendo de tudo. Quando você realmente se convence de que não existe nada de bom para se fazer lá dentro, heis que aparece quele velho amigo do ginásio que você não via há decênios e te manda uma mensagem: “Véi !!! Você por aqui? O que tem feito na vida?” pronto, é o princípio do fim. Voce encontra aquela antiga trepada, a menina de tranças que sentava na primeira carteira da escola, o amigão do futebol das quartas a noite, a familia inteirinha, aquele primo que virou veado e sumiu, o amigo do vizinho do teu cunhado, e por aí vai. Seu “network” começa a ser incrementado dia-a-dia. O próximo passo é começar a escrever recados (scraps) nas páginas pessoais de seus amigos com uma certa frequência. Não precisa ter muita criatividade não, basta um “E aí, como vai a vida?” que a função foi cumprida.
Daí então você descobre o maravilhoso mundo das comunidades, encontra gente que pensa ou passa pelas mesmas situações que você, descobre que não está mais sozinho no mundo e, “Pééééééééé”, nessa hora o alarme deveria disparar. Mas não dispara..., você começa a participar de várias ao mesmo tempo, todos os dias voce descobre novos grupos, o contador de comunidades nas quais você participa não pára de crescer e você passa horas para encontrar aquela do “Já espirrei comendo arroz” ou “O Pikachú é meu amigo” perdida no meio de suas cem comunidades inúteis só para poder iniciar um novo tópico. O caminho para a auto-destruição agora é quase certo. Voce não mais cagará pelas manhãs sem antes ler todos os seus novos “scraps”, entre uma trepada e outra voce inventará desculpas para ir checar os comentários sobre o seu novo tópico na comunidade “Eu bati no Zozó”. Sair com os amigos nem pensar, primeiro você tem que responder os cinquenta scraps diários e ainda passar na pagina pessoal daquele otário que te ofendeu e mandá-lo tomar no cú.
Sua vida se atolará nesse limbo até o dia que você se questionar se existe vida após o Orkut. Você nem se lembra mais dela antes de ter escolhido uma frase de efeito e fotos transadas para montar o seu perfil e mostrar pras pessoas o quanto você é cool.
Pois hoje acordei invocado e cometi um ato que imaginei ser impossível: me defenestrei de todas as comunidades que eu participava ou não. Só não cometi “orkuticídio” pois ainda consigo enxergar o lado positivo de tudo isso: manter o contato com meus amigos novos e antigos, familiares e pessoas que aprecio. Por enquanto ainda sinto um certo vazio, uma dor n’alma e um medo de seguir a vida sem o diz-que-me-diz diário na qual eu ficava jogando fora o meu preciosíssimo tempo. Enfim, com licença que eu tenho que ir recuperar todo esse tempo perdido. Comemorarei essa nova fase tomando uma boa cervejada de sexta, afinal, o álcool é o Gelol da alma e essa dorzinha vai acabar por desaparecer rapidinho...

quinta-feira, julho 19, 2007

Deixem pra lá.

É melhor deixar pra lá, o brasil já era.
Eu já sabia que o país sucatearia em todos os sentidos morais e cívicos desde a chegada da caterva ruminante ao poder. Eu resolvi deixar pra lá. Fui embora de mala e cúia. Era inútil insistir, é inútil insistir. Minha sugestão é organizarmos um harakiri coletivo: 180 milhões de brasileiros ajoelhados no meio da rua cometendo simultaneamente o mais nobre dos suicídios. Eu mesmo volto ao país e endosso o coro afinal, somos os melhores, somos brasileiros e nunca desistimos, o harakiri seria a saída mais honrosa no supremo ato de coragem dos vencidos.

Vão instaurar uma CPI para apurar as causas do acidente e eu pergunto: Pra quê? Oras, deixem isso pra lá, já sabemos que os culpados serão os pilotos. Desta vez não há nenhuma aeronave pilotada por americanos para levar a culpa, o jeito será culpar quem não tem como se defender. Foi convocada uma reunião de emergência entre presidente e alguns ministros para discutir as medidas que serão adotadas, aí eu pergunto: reunião de emergência pra quê? Faz dez meses que morreram 154 pessoas num outro acidente aéreo, que todas as mazelas do espaço aéreo brasileiro foram desmascaradas, que os controladores aéreos adotaram uma postura de insurgência com discursos sindicais, que o povo se amontoa nos aeroportos tentando viajar e só agora temos uma reunião de emergência? Ah seu presidente, vá pra puta que o pariu! O que mais teremos que ouvir? Que o aumento de acidentes aéreos é ocasionado pelo mar de prosperidade que reina o país? Que o povo tem mais dinheiro, viaja mais, as companhias aéreas estabelecem mais vôos, mais aeronaves decolam e os acidentes são mais suscetíves? Oras, relaxemos e gozemos, não existe mais saída. A falência moral acabou de enterrar o país. Melhor é deixar pra lá.

O harakiri coletivo é o único meio de salvar o pouco que restou da nossa dignidade. Pelo menos, apesar de favelados mentais, morreremos como gente de primeiro mundo.
Banzaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiii !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, julho 02, 2007

Savior of the Universe!

Bum-Bum-Bum * FLASH! * A-aaaaah ...



Falando sobre os anos 80, não podemos deixar de dar o devido destaque ao filme mais cafona da época: “Flash Gordon”!
Ele foi meu herói na adolescência e o filme mudou minha vida. Eu sonhava em ser como esse “quarterback” de futebol americano que foi abduzido para ajudar as forças do bem a defender a terra do imperador Ming – O Impiedoso.
Flash Gordon, ao contrário do que alguns pensam, não era dotado de superpoderes. Era um herói humano como todos nós e qualquer um de nós poderíamos ser como Flash Gordon (abduções à parte). Para se deslocar pelo espaço ele dispunha de um invocado Jet-Ski espacial (foto) e a galáxia onde ele está abduzido possui oxigênio e outros gazes pois além dele não precisar usar roupas especiais para viajar pelo espaço o céu é psicodelicamente colorido, uma grande diferença para o espaço sombrio e sem graça retratado em “Star Wars” ou em em “Star Trek”.

Como produção cinematográfica a película é um show de mau-gosto metendo os pés na porta do início da década. Por aí dá para se ter idéia do que virá pelos próximos dez anos...
Esse filme conseguiu um feito nunca antes conquistado por nenhuma outra produção de terceira categoria: Foi salvo do esquecimento eterno por conta de sua trilha sonora interpretada pelo Queen e que faz parte da discografia oficial da banda.
Fui fuçar a ficha técnica no IMBB e o limbo na qual esse filme faz parte revela-se a partir do “casting” onde pomemos constatar que o ator mais significante da trupe é um tal de Max von Sydow. Ele aparece fazendo uma ponta no Exorcista na pele do Padre Lankester Merrin, também trabalhou pro Spielberg no “Minority Report” e em uma porção de outras produções desconhecidas. O ator principal, um tal de San J. Jones não possui nem foto no álbum do site, o que mostra o quanto ele é significante para o mundo do cinema.

Para os que não assistiram ao filme, apesar de tudo o que eu escrevi, eu o recomendo. Minha opinião pode ser paradoxal mas nenhum ser humano deveria morrer antes de ver cenas emocionantes como “Football Battle” (abaixo) quando Flash enfrenta toda a guarda palaciana armado de uma bola de futebol americano ou o ataque dos homens falcão à nave da General Kala.
Deleitem-se!

King of the impossible!

"Flash" (May)

Flash, a-ah
Savior of the Universe
Flash, a-ah
He save everyone of us
Flash, a-ah
He's a miracle
Flash, a-ah
King of the impossible



(Na minha opinião, essa é a trilha Sonora mais emocionante de todos os tempos.)




Ainda sobre o Queen:

Apesar de ser uma banda super maneira e respeitada, pegava meio mal ouvir Queen nessa época. Você podia acabar sendo confundido com um boiolinha e apanhar na escola. Eu mesmo só ouvia Queen trancado no quarto e com fone-de-ouvidos para que absolutamente ninguém soubesse que eu curtia esses caras. Quando comprei o LP “Hot Bot” eu fui à loja de óculos escuro para não ser reconhecido, junto veio uma camiseta com a reprodução da capa do disco que eu NUNCA usei. Isso era algo muito sério, já vi colegas apanharem na escola por muito menos do que isso.
Foi necessário a morte do Freddy Mercury e a banalização das paradas gays para que o foco se desviasse e o mundo pudesse curtir Queen sem tabus e rótulos.