sexta-feira, setembro 28, 2007

Pedalando por um Brasil melhor

Escreve José Pastore em O Estado de São Paulo :

"... Se o PAC de fato implementar os investimentos previstos – cerca de R$ 500 bilhões - a falta de mão-de-obra será brutal. Ao fenômeno da falta de mão-de-obra associa-se o fato de que muitas pessoas que recebem benefícios dos programas assistenciais (Bolsa Família e outros) não quererem trabalhar..." (íntegra aqui)

Criticada por diversos especialistas que acusam o programa assistencialista de não oferecer uma porta de saída para seus beneficiários, o Bolsa Família pode se tornar uma solução para outro problema que em breve assolará o país: o apagão elétrico.
Eu sou um forte defensor do Bolsa Família mas contesto o fato de que nenhuma compensação seja exigida às famílias que recebem o benefício. Para evitar de neguinho pare de trabalhar para ficar enchendo a cara de cachaça ou assistindo o programa da igreja universal o dia inteiro e para evitar que o programa seja considerado injustamente como uma esmola, todas as pessoas que recebem o benefício obrigatoriamente teriam que trabalhar em Campos de Produção de Energia Verde. O que seriam esses campos? Nada mais do que imensos galpões industriais com milhares de bicicletas sobre cavaletes. No lugar das rodas, um dínamo que gera eletricidade a partir de uma bobina de arame com um imã em rotação em seu interior.
A eletricidade gerada por 45 milhões de bicicletas ecológicas seria distribuída por todo o país e seria gratuita para os lares da classe média pagadora dos impostos. Seriam famílias inteiras unidas, sem choro nem vela, pedalando para fazer o Brasil brilhar e para o Bolsa Família continuar pingando no final do mês!
Como pedalar oito horas por dia não é uma missão fácil, a quantidade de famílias que deixaria o programa e consequantemente a linha da pobreza seria enorme. Estaríamos assim erradicando a pobreza no Brasil. Para que os investimentos aplicados aos Campos de Produção de Energia Verde não se percam, a importação de mão-de-obra barata chinesa seria de alta valia para a continuidade deste projeto político e ecologicamente correto.
Pedala Brasil!

Update: Fui procurar fotos de bicicletas que produzem energia elétrica e encontrei essa pérola :

Trata-se exatamente do que você está pensando: uma máquina de lavar que funciona a base de pedal humano.
Pensando bem, melhor seria deslocar uma parcela dos 45 milhões de produtores de energia elétrica para pedalar alguns milhares de exemplares como o da foto acima. Poderíamos oferecer até mesmo internacionalmente serviços de lavagem de dinheiro verde (o serviço, não o dinheiro). Narcotraficantes, políticos e mafiosos do mundo inteiro poderiam lavar dinheiro na maior lavanderia ecológica do mundo pagando uma taxa módica pelo serviço.
Ofereçamos ao mundo o que sabemos fazer de melhor! E, em tempos ecologicamente corretos: sem agredir o meio-ambiente.

terça-feira, setembro 25, 2007

Fight For Kisses

Encontrando soluções: Reforma Agrária

Li em O Globo:

"A Jornada Nacional de Lutas do MST fez ontem invasões e mobilizações em 11 estados. O movimento ocupou superintendências do Incra em seis estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas, Maranhão, Santa Catarina e Ceará) e fez atos de protesto em frente à sede do BNDES, no Rio, e em órgãos ligados ao Ministério da Fazenda em Goiás, Paraíba, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. A principal reivindicação é assentar as 150 mil famílias acampadas em todo o país e protestar contra a lentidão da reforma agrária, que não avança, segundo o MST."

Não adianta reclamar de braços cruzados, temos que buscar soluções para os impasses que tomam conta da Banânia.
Eu sempre fui e sou um defensor ávido da reforma agrária. Apaixonado pelo MST e sua causa, proponho que cada militante do partido e de partidos derivados (MLST e outros bravos guerreiros) receba definitivamente sua parcela devida de terra: uma área equivalente a 1,80m x 0,80m escavada a sete palmos de profundidade. Daí os críticos me questionarão: “Mas para que tanto? Não seria mais viável uma vala comum?” , respondo: Não. Valas espaçadas permitirão que os corpos em decomposição adubem a terra, beneficiando a agricultura nacional. Valas comunitárias produziriam uma quantidade de necrochorume pontual muito grande, o que contaminaria os lençois freáticos de maneira quase que irreversível. Temos que pensar em desenvolvimento sustentável respeitando o meio-ambiente.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Falling Down

Dirigir na Bélgica exige doses cavalares de paciência, boa-vontade, cortesia, educação e respeito. Tudo o que eu não possuo nem em níveis normais. Quando eu vivia no Brasil eu sempre sonhava em protagonizar o chamado “Dia de Fúria” (título do filme com o Michael Douglas, lembram-se?) ou seja, acordar de ovo virado, ser acometido por uma catarse psicótica em plena Marginal Tietê, sair pelas ruas estourando miolos de motoboys, caminhoneiros e afins. No fim do dia, perseguido e cercado pela polícia, eu abriria fogo contra as forças de ordem levando para o cemitério, junto comigo, algumas dezenas de policiais pais de família (Só uma vez isso quase me aconteceu mas infelizmente não matei ninguém, apenas mandei dois “amarelinhos*” para uma licença médica forçada, mas isso é uma oooooutra história).

Levei algum tempo para me habituar a dirigir por aqui. Até hoje, por exemplo, eu tenho reflexos de acelerar o carro quando vejo um pedestre atravessando pela faixa para tentar esmagá-lo, só então me lembro que eles tem prioridade sobre os veículos e freio bruscamente a poucos centímetros do alvo. Acelerar para passar rapidinho pelo farol amarelo também é encrenca na certa e custa caro, vermelho nem se fale.
O excesso de carros nas ruas deste pequeno reino é um grande problema a parte. Segundo dados oficiais, 50% da frota belga é formada por carros de empresa. Sim, voces leram certo, cinquenta por cento. A cada dois carros que passam na rua, apenas um pertence a um particular. A partir desse dado estatístico pode-se imaginar o caos que se instaura por aqui, principalmente nas horas de pico. Afinal, quase todo mundo tem carro. Além disso temos os velhinhos que, nessas bandas de cá, dirigem até poucos minutos antes de morrer e dirigem daquele jeitinho que voces conhecem. Nesse aspecto eu prefiro o Brasil onde nossos velhinhos são jogados em asilos ao invés de ficar levando vida normal, atrapalhando o trânsito.

Todas as manhãs, canto mantras tibetano enquanto estou parado no trânsito. Mas paciência tem limites: vou trocar o mantra por heavy-metal, comprar uma marreta e realizar meu antigo sonho aqui na Bélgica mesmo. Meu “Dia de Fúria” está próximo, irmãos. Tremei!


*amarelinhos = termo usado para denominar os fiscais de trânsito de Campinas. Em São Paulo essa raça maldita é conhecida por “marronzinhos” e acredito que em outras cidades eles devam mudar de cores mas se fazem sempre presentes, descendo multa na galera.

Diga NÃO à inclusão digital !

Enquanto cada “puxadinho” tiver uma câmera digital e internet barata o resultado vai ser esse:


Dica do fAB fUCKER que aderiu a causa pelo fim da inclusão digital e postou uma relação de exemplos de arrepiar os cabelos.
Pelo Orkut pago, pela proibição da venda facilitada de implementos de informática, pela banda-larga cara, diga NÃO à inclusão digital.

“le beurre et l’argent du beurre”

Quando eu deixei toda minha vida pra trás e me exilei na Bélgica, meu intúito era basicamente escapar da canalha peti$ta, não pagar mais impostos para a escumalha e buscar uma qualidade melhor de vida. Cheguei com uma mão na frente e outra atrás, só minha esposa (de origem belga) trabalhava e os primeiros mêses foram duríssimos. Nossa “mobilidade social” foi até que rápida. Menos de seis meses depois que aqui cheguei eu fui contratado como gerente de projetos de uma multinacional e hoje em dia levamos uma vida normal como qualquer cidadão belga, ou seja, trabalhamos, viajamos, convidamos amigos para jantar e somos convidados para jantar, desfrutamos de uma qualidade de serviços públicos bastante superior à que possuíamos no Brasil e pagamos bem caro por isso.
Daí tem sempre neguinho que vem dizer que viramos “magnatas”, coisa e tal .Meu saquinho já anda na lua de tanto ficar explicando que não é bem assim, que viver aqui tem um custo elevado e uma série de regras a seguir e que se fôssemos magnatas teríamos crianças escravas para cortar a grama e lavar nossas roupas.
Mas a Maíra teve paciência de colocar tudo isso no papel e explicou o que eu não tinha mais saco para explicar: viver aqui na Bélgica tem o seu custo. Se esses custos fossem cobrados no Brasil, estaríamos preparados para assumí-los?
Leiam neste texto aqui o que eu sempre quis escrever mas nunca tive saco: “le beurre et l’argent du beurre”

Nota da redação: O Blog da Maíra possui um link aí do lado com o endereço errado mas, como eu não consigo mais editar minha lista de blogs recomendados, eu não consigo linkar o novo blog da guria. Para acessá-lo, cliquem aqui e leiam diariamente o que ela tem a dizer. Isso vos tornará pessoas melhores no futuro.

segunda-feira, setembro 17, 2007

The Best Song in the World


Dica do Gui Bass. Não adianta clcar no link pois o goiaba não atualiza o blog dele há quase um ano.

Obs: Conseguiram reconhecer o David Grohl ?

1million4disability

A Elaine Marabytes, amiga de longas datas, me mandou um link que eu achei que vale a pena ser divulgado aqui, visto que muitas pessoas que vivem na Bélgica perdem tempo lendo minhas porcas linhas.




Clique na imagem para participar desta campanha, 50 milhões de cidadãos com deficiência têm a ambição de se tornar cidadãos iguais. Compareçam em massa dia 04/10 na rotatória Shuman (em frente à Comunidade Européia) das 13h00 às 15h00 para assinar a petição.

Eco-malas

Mail corporativo recebido hoje de manhã:

“Thanks to you, 300 plastic cups have been saved this week!!! THANK YOU”

Fulaninha da Silva
Sustainable Development Consultant


Puxa, que legal! Não se esqueça de enfiar a economia no meio do cu.
Esses eco-malas me fodem o saco.

terça-feira, setembro 11, 2007

fechado motivo férias

Volto semana que vem. Obrigado pela compreensão.
A gerência.


quarta-feira, setembro 05, 2007

Essas minhas mulheres ...


terça-feira, setembro 04, 2007

Hoje acordei me sentindo super-patriótico !

Brazilêru, u povu mais melhó du mundo !

Realmente me enche o saco a falta de simancol no que diz respeito ao ufanismo exarcebado do brasileiro. O país é uma verdadeira favela moral, miserável, carcomido, fodido e mal-pago. O líder mór é um mafioso apedeuta que se auto-intitula o “bastião da ética” do pedaço mas na verdade é um gangster vagabundo que, por conta da amplitude de seus programas populistas de distribuição de esmolas, dificilmente será removido do poder pelas urnas e a cada mandato o inexorável sucateamento das estruturas morais, cívicas, constitucionais do país se torna cada vez irreversível.

Mas o melhor do brasil é o brasileiro. Povo alegre, maroto, esperto, sempre encontra um jeitinho pra tudo. A ginga do brasileiro é única no mundo, ninguém sabe requebrar e esfregar os pés no chão com tanta graça e leveza. Se for mulher então, bingo! É a mulher mais sensual do mundo. Imbatível. Claro que essa ginga é puxada pela música mais alegre e contagiante do planeta: o samba. As praias brasileira nem se fale! Não existe no mundo beleza natural que se equipare com a nossa e recentemente emplacamos uma das sete maravilhas do mundo, graças ao apoio maciço de quem? Do maravilhoso povo brasileiro! Não posso entrar no quesito “futebol”. Esse é até covardia comentar. Mesmo se perdermos de 8 a 0 jogando contra a seleção da Swazilandia, seremos sempre os campeões morais, afinal, ninguém joga futebol como os brasileiros só se vence nossa seleção por sorte ou por ajuda do juíz, nunca por mérito.

O brasileiro espalha sua magia e seu carisma por onde passa. Aqui na europa três entre cinco brasileiros radicalizados se vestem diariamente com a camiseta da seleção brasileira ou algo similar grafado: Brasil! Quando desfilam pelas ruas fazem os europeus (ranzinzas e apáticos) se curvarem diante de tanta energia positiva e alegria. A camiseta da seleção brasileira é o verdadeiro passaporte do nosso povo pelo mundo afora.

Quem coloca a moral do brasileiro pra baixo é a zelite boba, feia e má, aquela que paga imposto contra vontade, que fica reclamando de coisas menos importantes como por exemplo a falta de segurança, de empregos, de um sistema de saúde fiável, etc. Quem precisa de tudo isso quando se é brasileiro?

Eu não quero mais fazer parte dessa zelite boba, feia e má mas, como estou no exílio, minha contribuição terá de ser feita daqui mesmo: instituirei na empresa onde trabalho o Dia do Brasileiro. Será todas as quartas-feiras do ano útil. Todo mundo terá que vir trabalhar com a camiseta oficial da seleção brasileira, a mulherada de bunda de fora dissimulada em micro saias/shorts, o restaurante servirá caipirinha e feijoada ao som de um grupo de pagode. Depois do almoço, todos juntos nos abraçaremos e seguiremos juntinhos às nossas salas, dando dedadas no cu de nossas secretárias, pulando e dançando: “Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu ...”

Brazilêru é tão bonzinho!

A solidariedade do povo brasileiro é algo incomensurável e comovente. São notícias como esta que eu destaco a seguir que me fazem encher os olhos de emoção e esperança de que poderemos deixar de ser o país que poderia ter sido se continuarmos sempre a praticar atos salutares de amor ao próximo e solidariedade junto aos nossos próximos.

Segue trecho da matéria:
Trens foram saqueados após acidente, dizem moradores
Testemunhas contaram que após a colisão, vítimas também foram furtadas.
...Uma moradora, que não quis se identificar com medo de sofrer represálias, contou que criminosos invadiram a linha do trem e roubaram bolsas, celulares, relógios e até roupas enquanto os bombeiros e a polícia não chegavam no local.
“Acho isso muita falta de compaixão. As pessoas estavam feridas. Em vez de ajudar, eles só pensaram em roubar. Havia muitos corpos no chão, inclusive, muitos estavam mutilados. O acidente foi muito forte. Na hora, minha casa tremeu toda. Foi uma cena que eu nunca mais quero ver na vida”, disse...



a íntegra segue aqui.

Ééééééééééééé Brasil-il-il !

É de pequenino que se torce o pepino

O simpático personagem ilustrado ao lado chama-se Zé Plenarinho. Trata-se de uma iniciativa da Câmara dos Deputados, com o dinheiro do contribuinte otário, de estimular o “jeito criança de ser cidadão” através de um SITE que decripta o Congresso Nacional na didática.infantil, uma espécie de Turma da Mônica da bandidagem .

Numa rápida visita ao SITE, me ocorreu por alguns instantes que o mesmo deveria ser censurado para menores de 18 anos na forma de algum filtro anti-pornografia para que nossos pequenos sejam mantidos longe deste ambiente corruptor. Mas depois, pensando melhor, o meu lado cidadão falou mais alto: o futuro pertence às nossas crianças, que elas então possam se familiarizar com o Oba-Oba desde a tenra idade. No futuro, serão elas que governarão o Braziu ou chefiarão gangues da proteção no bairro do Bexiga. Que nossos pequenos estejam preparados para esse porvir tão lindo e esperançoso !

segunda-feira, setembro 03, 2007

Diga NÃO à inclusão digital !

Sabe amiga, usar o dinheiro do bolsa-famlia para comprar câmera digital em 48 prestações no Ponto Frio e presenter a filha não é crime. Agora, permitir se fazer fotografar em um momento de descontração e glamour na “hidromassagem” (com razão, banho de mangueira não tá com nada.) enquanto faz caras e beiços ... aí sim o bicho começa a pegar. Por essas e por outras que eu defendo o Orkut pago, a proibição da venda facilitada de implementos de informática, banda-larga cara e o fim da inclusão digital.


Dica da Katchatcha. Assim como ela, mande sua contribuição e diga NÃO à inclusão digital!

UPDATE: A JU mandou bala na campanha selecionando a incluída abaixo. Fotinho ordinária mas com legenda imperdível:
"Mesmo Queta Sabe Provocar "


Diga você também: NÃO à inclusão digital !