segunda-feira, setembro 24, 2007

“le beurre et l’argent du beurre”

Quando eu deixei toda minha vida pra trás e me exilei na Bélgica, meu intúito era basicamente escapar da canalha peti$ta, não pagar mais impostos para a escumalha e buscar uma qualidade melhor de vida. Cheguei com uma mão na frente e outra atrás, só minha esposa (de origem belga) trabalhava e os primeiros mêses foram duríssimos. Nossa “mobilidade social” foi até que rápida. Menos de seis meses depois que aqui cheguei eu fui contratado como gerente de projetos de uma multinacional e hoje em dia levamos uma vida normal como qualquer cidadão belga, ou seja, trabalhamos, viajamos, convidamos amigos para jantar e somos convidados para jantar, desfrutamos de uma qualidade de serviços públicos bastante superior à que possuíamos no Brasil e pagamos bem caro por isso.
Daí tem sempre neguinho que vem dizer que viramos “magnatas”, coisa e tal .Meu saquinho já anda na lua de tanto ficar explicando que não é bem assim, que viver aqui tem um custo elevado e uma série de regras a seguir e que se fôssemos magnatas teríamos crianças escravas para cortar a grama e lavar nossas roupas.
Mas a Maíra teve paciência de colocar tudo isso no papel e explicou o que eu não tinha mais saco para explicar: viver aqui na Bélgica tem o seu custo. Se esses custos fossem cobrados no Brasil, estaríamos preparados para assumí-los?
Leiam neste texto aqui o que eu sempre quis escrever mas nunca tive saco: “le beurre et l’argent du beurre”

Nota da redação: O Blog da Maíra possui um link aí do lado com o endereço errado mas, como eu não consigo mais editar minha lista de blogs recomendados, eu não consigo linkar o novo blog da guria. Para acessá-lo, cliquem aqui e leiam diariamente o que ela tem a dizer. Isso vos tornará pessoas melhores no futuro.