quarta-feira, abril 08, 2009

Un Diner Parfait

Se é para deixar esse espaço abandonado, vou deixá-lo pelo menos com algo interessante para se ler. Futuramente espero ter ânimo para reativá-lo de vez.

A história é o seguinte:

Existe uma emissão de TV transmitida para os países de língua francesa (França, Bélgica, Luxemburgo et Suiça) conhecida aqui nessas parragens pelo nome de “Un Diner Presque Parfait” ou “Um Jantar Quase Perfeito”. O formato é simples: 5 pessoas que habitam na mesma cidade ou região reúnem-se para jantar cada dia da semana na casa de um. Após cada jantar, os convidados atribuem notas de 0 à 10 ao anfitrião segundo três critérios a analisar: cardápio, decoração da mesa e ambiente da noitada. Na sexta-feira, após o último jantar, os participantes abrem seus respectivos envelopes com as devidas notas e aquele que possuir a maior média ganha a edição, um prêmio em dinheiro e o título de melhor anfitrião da semana.

 Apesar do formato simples, esse “Reality-Show” atrai uùma média de 3 milhões de telespectadores por dia sendo 350.000 da Bélgica. Os picos do programa chegam a atingir 5 milhões de telespectadores em um só dia. Esses valores podem parecer pouco significativo se tomar-mos como base a audiência de canais brasileiros mas para os padrões europeus a emissão figura em segundo lugar de audiência na França. Na Bélgica a emissão só perde para o jornal televisivo. 

Pois é, eu tava coçando o saco sem muito o que fazer e resolvi me inscrever nesse programa. Fui selecionado, participei das filmagens e ganhei a edição. Hoje sou o ídolo das aposentadas e das donas-de-casa mal amadas, apareço em reportagens de revistas femininas voltadas  para a segunda e terceira idade e meu perfil do “Facebook” tá bombando de amiguinhas, todas gordinhas e apaixonadas pelo pimpão aqui. Recebo diariamente mails de donas-de-casa me convidando para jantar (algumas para foder, diretamente), felicitações, agradecimentos e até uma cartinha emocionada de um bichinha que me agradece por “toda a luz e alegria que eu trouxe para a vida dele através do meu bom-humor diante das câmeras”. Recebo também desaforos vindos do fã-clube de um moleque que participou comigo da emissão e que fazia o gênero menino-comportado-fofinho-que-toda-mãe-queria-ter-em-casa  mas que não ganhou a edição, para o desespero dos tradicionalistas-nacionalistas. 

Bom, não me alongarei muito. Colocarei aqui os links para todos os vídeos de todos os candidatos da semana e meus comentários a respeito de cada noitada assim vocêrs podem matar a curiosidade vendo algumas imagens e participando um pouco dessa experiência incrível que foi eu ter aparecido por uma semana na televisão européia sem ter precisado me auto-mutilar em uma estação de metrô.

 Vídeo da chamada do programa durante a semana que participei:

 

 OBS: o dia da minha participação foi a quinta feira. Está logo mais abaixo.

Back-Stage

Segunda – Manuela, la puerra-lueca

De origem espanhola, a Manuela foi com quem eu mais me identifiquei. Ela é uma fofura. Tudo pra ela estava bom, dificilmente ela tecia críticas negativas aos outros participantes, mandava bem na manguaça e não tinha tempo quente com ela.

 

Parte 01

Parte 02

Parte 03

Terça – Carine, a letárgica

Apesar dessa psiquiatra ser muito boa gente o jantar dela não agradou ninguém e eu quase pedi licença par air cagar e me mandei. O desânimo da galera nesse dia foi total e absoluto.



 Parte 01

 

 Parte 02

  

Parte 03

 

Quarta – Alain, o mala

Adepto à uma filosofia chamada “alimentação viva”, Alain nos preparou  matos e alfafas junto com a sobremesa mais horrorosa que já ingeri na vida. Antes de cada  prato ele passava meia-hora explicando todos os poderes medicinais e valores nutritivos de cada alimento. Tirando o  carneiro cozido à baixa temperatura, todo o resto eu odiei. Definitivamente, a única alimentação viva na qual sou adepto é a de comer menininhas. 

Parte 01 

 Parte 02

 

 Parte 03

 

Quinta – Joe Bass, a Fera


Modéstia a parte e o resultado final comprova isso, foi a melhor noite de todas as edições filmadas na França e na Bélgica na história do programa. A velha malemolência patropi aliada au telecoteco do ziriguidum acabou pour me deixar alguns euros mais rico. 

Parte 01 

 Parte 02

 

 Parte 03

 

Publish Post

Sexta - Quentin, o Belo

Com essa carinha de zé-bundinha criado pela avó, Quentin surpreendeu a todos com os seus dotes culinários. Infelizmente (para ele) só sua cozinha não foi o suficiente para ultrapassar a pontuação do papai aqui. A derrota de Quentin suscitou a fúria dos tracicionalistas-nacionalistas que pedem impugnação do resultado porque eu coloquei uma mulata para rebolar a boceta na minha festa e, segundo eles, a participação de terceiros é proibida. 

Parte 01 

 

Parte 02 

 Parte 03 

 Só pra frisar, apesar da fúria dos nacionalistas, o moleque é buenagentíssima e levou na boa a enrabadinha tupiniquin que levou diante das câmeras.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Linda é a pureza das crianças

Um lindo conto sobre a magia dos sonhos infantis. Acompanhe-o ouvindo "João e Maria" de Chico Buarque ("Agora eu era herói e meu cavalo só falava inglês ...")


Clique na imagem ou AQUI para vizualizar a belíssima história completa.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

É um pássaro? É um avião?

Não. É o Super-Homem que tomou uns gorós e saiu dando umas bandas de bike por aí.




Ciclista fica gravemente ferido após acidente com caminhões

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Abre o olho, Brito !!!

terça-feira, setembro 23, 2008

Tem gente querendo apanhar

Pois é. Tem gente que, ao invés de ir ler um poema ou ouvir uma bela canção, fica perdendo tempo me esculhambando.
Minha querida irmã junto com um grupo de mais 5 leitores desocupados (quase que 97% dos leitores dessa merda) passaram uma tarde escaneando fotos suspeitas de minha pessoa e agora estão exibindo-as no blog abandonado dela no intúito de me chantagear em troca de facilidades financeiras.
Para provar que eu não temo o passado e que estou cagando para esse tipo de provocação, divulgo AQUI o link de tal blog difamador e juro que eu cubro de porrada quem teve a infeliz idéia de escanear essas fotos.

Mexe com macho, mexe ...

segunda-feira, setembro 15, 2008

Segundona a coisa é brava ...

sexta-feira, setembro 12, 2008

Você realmente me conhece?

Então clique AQUI e participe deste QUIZ:

quinta-feira, setembro 11, 2008

Férias? Eu?

Ok, não vou ficar enrolando muito para atualizar essa merda pois meus três leitores estão tendo convulsões.
Já sabem o por quê de tanto silêncio ? Sim, quem respondeu «férias» acertou em cheio ! Que novidade, não ?
Pois minhas férias de número 47 do ano foram marcadas por cores, sabores e texturas intensas além de nuances inquestionáveis de charme : um cruzeiro de barco pela costa sul da Turquia – um verdadeiro luxo radioso de sensações !

Além de terra mater do kebab e do banho homônimo, a estupefata beleza natural da antiga Anatólia - O nome deriva do grego Aνατολή (Anatolē) ou Aνατολία (Anatolía), que significa "brilho do sol" ou "leste" – é de cair o queixo.

Assim como no sul do Brasil existe a crença de que de Minas pra cima todo mundo é baiano, os turcos são tachados jocosamente de pão-duros ou negociantes implacáveis no anedotário tupiniquin, preconceito que comprovei ser falso pois fui muito menos roubado na Turquia do que em países árabes. Outra lenda é a de que todo turco se chama Salin. Lêdo engano, nomes em turco são muito mais complexos e sonoros. Entendam uma coisa: turco, árabes, sírios, libaneses e judeu não são farinhas do mesmo saco e a Bahía é de São Paulo pra cima.

O início de minha viagem lúdica deu-se em Antalya, exatamente ao porto de Kemer. Saíndo do avião já pude sentir o inferno que me esperava: 42° de pura sacanagem. Por conta da temperatura, preços e localização, a região sul da Turquia é “la crème de la crème” da prostituição russa, báltica, balcânicas e afins. O desfile de beldades meio judiadas, vestindo roupas falsificadas de altas grifes e loucas pra fugir com um cidadão europeu endinheirado chega até a cansar os olhos. Pena que com o fim do comunismo acabou-se também a época em que essas belezuras davam em troca de um prato de comida ...

O cruzeiro que fiz, na minha humilde opinião, é a melhor maneira de se conhecer a costa deste belo país, balanceando mar-sol-vagabundagem-cultura numa mistura de exatas proporções na qual nenhum dos ingredientes chegam a saturar o sabor equilibrado de férias dos sonhos.

Para que a narrativa não se torne cansativa e maçante, contarei em imagens – no próximo post - coisas que só o coração pode entender. Para informações mais detalhadas, vão até a Wikipédia e digite com todas as letras: T-U-R-Q-U-I-A e não torrem o meu saco.

Nevegando pela Kebablândia

A alegria da descoberta


As tumbas lyceanas da cidade arqueológica de Myra


Emprestando minha beleza exata ao anfiteatro greco-romano de Myra


Detalhes greco-romanos do anfiteatro de Myra


Afresco de São Nicolau (- Porque foges?) na parede da igreja homônima


Tiozinho e suas muambas coloridas


Tiazinha e suas muambas variadas


Tumbas lyceanas na cidade de Simena - Baía de Kekova


Porto de Simena


Aquedutos em Phaselis


Final de mais um dia de navegação - Phaselis


O poder da sedução e seus encantos numa praia em Phaselis


O Barco

"Dogan" - nosso hotel flutuante por uma semana


Visto da proa, nosso barco contou com a presença de três tripulantes e quatorze coçadores(as) de saco/grêlo


Hora do rango - Nossa sala de refeições


Coçassão generalizada garantida


Após tantavagabundagem, o merecido repouso em alguma baía tranquila no meio do nada. (barco ao fundo, Mané.)

terça-feira, agosto 19, 2008

Uma vara para Fabiana

Tenho certeza ABSOLUTA que a galera das redações está se divertindo às pencas para noticiar essa boçalidade ...


"Abalada com sumiço de vara, Fabiana Murer fica fora da disputa por medalhas" (G1 Globo)

"Atleta não encontra sua vara e, abalada, fracassa" (G1 Globo)

"Mulher chora e desabafa após sumiço de vara "(G1 Globo)

"Vara some. Fabiana Murer chora e desabafa" (Portal Terra)

"Após confusão com vara, Fabiana Murer dá adeus" (Portal Terra)

" (...) Nervosa, ela foi até o local onde ficam guardadas as varas de todas as atletas e começou a tirá-las do lugar para ver se encontrava sua vara. "Onde está a vara? Eu só quero isso", repetia a brasileira." ( Estadão)

"Após polêmica, vara de Fabiana Murer é encontrada" (Folha)

"Então, ela era grandona assim ..."

segunda-feira, agosto 11, 2008

Ser brasileiro é:


éééééééééééééééééééééééééééééééééééé do Braaaaaasiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiil- il

terça-feira, agosto 05, 2008

Punheta e lágrimas

Existe para os homens algo tão constrangedor quanto o temível exame de próstata: o espermograma.
O primeiro eu ainda não fiz mas aguardo ansioso pelo momento. O segundo eu tive a infelicidade de fazer duas vezes. Três se eu contabilizar a primeira de todas na qual eu “falhei”.

Qualquer adolescente consegue se masturbar em apenas 15 segundos em quase qualquer lugar. Eu disse QUASE pois tudo toma novos contornos quando a circunstância não colabora.
A primeira vez que tive que me masturbar num vidrinho eu juro que a idéia não me atraiu muito. Fiquei imaginando se o laboratório clínico que coletaria o material possuiria uma cabine especial para isso, como as que vi em Amsterdam: uma cabine com uma confortável poltrona reclinada, uma tela gigante colocada estrategicamente ao alto e mais de 100 canais de filmes pornôs, você colocas moedinhas e pelo controle remoto vai curtindo todos os tipos de disíases sexuais. Acho que só não vi nenhum filme com necrofilia. Acho...

Mas a realidade é dura e não se pode esperar muito de uma clínica conveniada à UNIMErDa. Nem uma punhetinha da faxineira.
A cabine não existia. A “coleta” deveria ser feita num lavabo sem-vergonha onde a porta abria diretamente para a sala de espera e os vitrôs abriam para o vestiário dos funcionários. A inspiração não me vinha. Eu ouvia crianças correndo e mães gritando na sala de espera. Quando eu conseguia me concentrar algum filhadaputa batia a porta de seu armário dentro do vestiário – Poooooowwww- e eu tinha que começar tudo de novo. Depois de muito tempo eu tive que desistir. Saí da porra do lavabo ensopado de suor com os braços trêmulos e a mão vermelha. Dirigi-me diretamente à recepção e murmurei:

-Não consegui ...


A discreta recepcionista me olhou com compaixão e disparou em altos decibéis:

-AHHHHHHH, NÃO FICA ASSIM NÃO, MUITOS HOMENS NÃO CONSEGUEM NA PRIMEIRA VEZ; VOLTE AMANHÃ, SE QUISER PODE TRAZER UMAS REVISTAS PORNOGRÁFICAS PRA AJUDAR.

Eu não sei qual foi a reação da sala de espera logo atrás de mim ao escutar a vaca da enfermeira pois não me virei para olhar. Apenas fitei a porta de saída e me mandei rapidamente.
Voltei sim no dia seguinte. Passei numa banca de jornal e comprei um lote de revistinha de sacanagem. Todas super toscas com uma mulherada peluda e uns caras bigodudos, algo bem vintage. O lavabo foi o mesmo e a sala de espera estava como sempre lotada. Me concentrei nas imagens dantescas que desfilavam das revistas e mandei ver.

Devo ter ficado naquele lavabo umas três horas e de lá eu saí com um vidrinho transparente com apenas algumas gotas do precioso líquido em seu interior – o clímax da coleta não foi nem um pouco abundante. A mesma vaca do dia anterior pega o frasco e fita-o contra a luz disparando novamente:

- SÓ ISSO !!! NÃO SEI SE VAI DAR PRA FAZER A CONTAGEM DOS ESPERMATOZÓIDES COM ESSAS GOTINHAS.

Desta vez minha curiosidade mórbida me fez virar e olhar a reação das pessoas na sala de espera. Nunca mais voltei na clínica. Minha secretária foi buscar o exame para mim sem saber do que se tratava (lógico) e voltou rindo. Me disse que quando deu a senha do meu exame para a enfermeira- puta ela logo soltou:

- AHHHH, É O ESPERMOGRAMA DO MOCINHO DA SEMANA PASSADA ...

.

Profissão: Punheteira

Antes que as leitoras mais safadinhas ou os leitores mais viadinhos se ofereçam para me ajudar a coletar material para um futuro exame eu já vou adiantando: meus problemas acabaram!



(Da série: " Farei meu próximo espermograma na China.")

You got balls

As mulheres dificilmente conseguem entender por que nós homens gostamos tanto de coçar/pegar/massagear o saco. Eu digo o saco mesmo, o literal. Esqueçam as metáforas.
Pois agora, em plena era da igualdade entre os sexos, elas poderão finalmente desfrutar da maravilhosa sensação de massagear um saco para relaxar utilizando esses magníficos testículos de borracha.
You got balls, baby! Não encham mais o nosso.

Agora guênta ...


Mááás uma veiz Jezuis chorô ...

sexta-feira, julho 18, 2008

Darwin Awards

Ééééééééééééééééééééééééééééééé do Brasiiiiiiiiiil !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Andei tão ocupado ultimamente que mal pude vibrar com o duplo Darwin Awards angariado pelo nosso orgulho nacional : Padre Adelir de Carli, o padre do balão.
Daí eu fui buscar alguma imagem do nosso herói para ilustrar esse post inútil e encontrei várias montagens interessantes :




Não tem jeito mesmo. Bananeiro que é bananeiro adora um humor-afrodescendente.

It's fun to stay at the:


êêêêêêê, tem alguém aí ????

Oi, vocês ainda estão aí ?
Voltemos a nossa programação normal …

Foram exatos 54 dias que minha mãe ficou aqui no velho continente comigo. E durante 54 dias eu cedi aos instintos mais frios e egoístas que povoam meu ser para me entregar de corpo e alma ao turismo mané. E bota mané nisso : até em buzão de citytrip eu andei. Pra quem não conhece, a maioria das cidades turísticas européias dispõe de uns buzões "double-decker" sem capota que percorre todos os pontos turísticos locais para o deleite dos turistas japoneses e manés afins.

Nos dias em que eu não estava no andar de cima de um buzão cheio de japas eu estava trabalhando como um escravo.
Apesar de tudo isso, eu não tenho NADA de interessante a narrar, fora que eu estou de saco cheio de viver nessa bosta de continente que só chove.

Ai, meu santo Zeus, mande uma carga de 1.000.000 de gigavolts na cabeça do lulla para que eu possa deixar o exílio para trás e voltar para a minha terra (que tem palmeiras onde cantam os sabiás …)

terça-feira, junho 24, 2008

Mãe é mãe ...

Ando muito distante disso tudo por um motivo muito nobre: minha mãe está passando uns dias aqui comigo. Pois é, todo bruto possue uma mãe e curte - muito de vez em quando - a presença de sua respectiva genitora no seio de seu lar.
Eu estou curtindo horrores a visita da minha. Ela me fez pão-de-queijo, lavou e passou minhas camisas e me ensinou a fazer apfelstrudel. Desnecessário frisar que meu apartamento está um brinco. Mami desencardiu os azulejos, lavou as janelas e organizou minha cozinha. Minhas cuecas recuperaram a cor original e não possuem mais aquelas marcas de gosma peniana. Um luxo radioso de sensações. Em troca eu levo a véia pra cima e pra baixo. Descobri que misturando Prozac com Jack Daniel's eu consigo suportar todos os roteiros para turista mané que existem aqui nesta terra. Fui até mesmo a Bruges sem amaldiçoar a humanidade. Quem já esteve aqui em casa sabe muuuuito bem o que isso significa.

Sobrou um tempinho para deixar essa notinha aqui pois a véia foi passar uns dias em Londres, na casa do meu irmão. Ela tá curtindo horrores por lá.
Semana passada fomos à Luxemburgo, Bruges (aaaaargh!), Walcourt, Bruxelas e arredores. Fomos até a um parque de diversões passar uma tarde deliciosa. Quando ela sair de Londres vamos bandear pela Holanda e depois passaremos um findi em Paris. Coisinha logo ali.

O triste vai ser o vazio que acometerá meu ser no dia quando eu for levá-la para o aeroporto. Vai dar uma bruta saudades desses dias em que eu voltei a ser criança. Eu só não, tenho certeza que meu irmão também lembrará com carinho desses dias.



Aqui, Mami leva eu e meu irmãozinho passear às margens de um rio em Luxemburgo. Só não voltamos a mamar por respeito às muxibas da véia.

quarta-feira, junho 04, 2008

Back to the Viadinho's Time

Tirando uma excelente safra de heavy-metal, musicalmente os anos 80 foram um poço sem fundo de pederastia, viadagem e androgenia.
Eu era um adolescente metaleiro nesta época, tinha cabelos compridos, ouvia Iron Maiden e saía quebrando tudo na rua. Eu andava com um bando de moleques fedorentos e mal-vestidos, as pessoas ficavam assustadas quando nos cruzavam pelas ruas e as meninas não se aproximavam a um raio de menos de cinquenta metros de nós. O pior é que tínhamos absoluto orgulho da caterva asqueirosa que éramos.
Nos meados dos anos 80, porém, meu corpo começou a produzir testosterona. Essa testosterona foi se acumulando, acumulando, acumulando e finalmente chegou o dia que percebi que seria muito mais interessante desfrutar da companhia de meninas ao invés de vadiar com vândalos e espancar idosos. O problema era que para se aproximar de garotas seria necessário adotar um comportamento qua às agradassem e era aí que quase viramos todos viados um dia sem saber.
Minha metamorfose em andrógeno new wave foi difícil. Uma “noite dançante” no colégio onde eu estudava se anunciava e eu precisava aprender justamente a dançar para me aproximar das garotas. Era uma merda, eu me fechava no quarto e tentava reproduzir os passos toscos que havia visto no Som Pop da TV Cultura (isso rende outro post) num clipe do B52’s. Aliás, quando anunciavam clipes de Adam and Ants, Culture Club, Duran Duran e outras viadagens eu ficava lá, de olho, anotando mentalmente todos os detalhes dos movimentos para depois tentar reproduzi-los, sincronizar pés, mãos e cabeça trancado no meu quarto.
O “baile dançante” chegou, dancei como um paranormal, me aproximei pela primeira vez de garotas e dei meu primeiro beijo na boca em uma guria de banho tomado. Antes só rolava umas sujinhas e muito de vez em quando. Tudo foi muito mágico e eu não percebia que era muito mais honroso bater a cabeça na parede ouvindo Black Sabbath do que me vestir com um blazer preto de mangas dobradas, ostentar uma ridícula franja descolorida com oxigenada só para tentar parecer com o Simon Le Bon. Uma vergonha lastimável.

O ápice da minha viadagem foi ir a um show do Metrô (quem nasceu depois dos 80 favor abster-se) e ficar cantando junto com a banda toda aquela viadagem de “Sândalo de Dandi” ou “Ti-Ti-Ti”. No final do show fui até os camarins e consegui ganhar um beijo (na bochecha, claro) da Virginie. Beijo que de tão apaixonante foi, me fez ficar três semanas sem lavar o rosto para preservar a marca de batom da penosa.
Era meu fim. Daí para dar o cu existia apenas uma fina e delicada linha verde-limão fosforecente.
Foi o Camisa de Vênus que me libertou. Eu tinha ido num show deles por causa da única canção que rolava nas rádios: “Eu não matei Joana D’Arc”. Foi arrebatador. Quando me encontrei com o verdadeiro repertório do Camisa eu percebi o erro que estava cometendo em tentar ser tão “new wave”. O punk que estava ao meu lado me deu um murro na boca e nesse momento o macho-alfa que estava adormecido em mim despertou. Primeiro soltei um urro e depois comecei a esmurrar o punk. Ele caiu no chão e todos ao redor começaram a chutá-lo. Infelizmente, na confusão eu caí no chão também e levei chutes impiedosos por todo o corpo. Quando consegui me levantar vi que minha boca sangrava copiosamente e o ódio corroeu minh’alma. Usando o corpo do punk caído como trampolim eu me atirei sobre o palco para o desespero dos seguranças que não conseguiram me impedir. Marcelo Nova pegou na minha mão e me ajudou a levantar, fiquei por alguns segundos pulando como um possuído em cima do palco e, percebendo a aproximação dos gorilas seguranças, me atirei na platéia. Tudo foi muito lindo, minha roupa estava imunda de sangue, eu estava cheio de cortes e hematomas.

Depois daquele dia eu comprei uma guitarra e aprendi a tocar o repertório do Camisa e de outros revoltados da época (Plebe Rude, Replicantes, 365, etc). Aprendi também que as garotas adoram homens que empunham uma guitarra e graças a isso eu arrumei minha primeira namorada (que por sinal é uma grande amiga e leitora desse blog). Minha primeira namorada se foi e eu arrumei outra. Depois outra e depois outras.
Já velho e cansado eu comprei um baixo e não comi mais ninguém. Não que eu não quisesse mas é que as mulheres não dão para baixistas. Ninguém sabe direito para que serve o baixo em uma banda e diante desta dúvida o melhor a fazer é não dar para um baixista. Sob nenhuma circunstância.



" E bota pra fudê, mano..."

80's TOP 15 da viadagem

Abaixo, relacionei por ordem alfabética o TOP 15 das bandas enviadadas e andrógenas que pululavam minha adolescência durante o brega’s time.

Pesquisem-nas por vossas contas e riscos. Aconselho-vos a não olhar diretamente dentro dos olhos do tecladista do Depeche Mode e do Boy George, vocalista do Culture Club. O risco de querer sair dando o cu é iminente.


  1. Alphaville

  2. Classix Nouveaux

  3. Culture Club

  4. Depeche Mode

  5. Double U

  6. Duran Duran

  7. Erasure

  8. Eurythmics

  9. Pet Shop Boys

  10. Roxy Music

  11. Simple Minds

  12. Spandau Ballet

  13. Tears for Fears

  14. Ultravox

  15. When in Rome

Meu herói !

Deu no G1 :

Julgamento de triângulo amoroso chega ao STF
Homem teve 11 filhos com a esposa e outros 9 com a amante.
Amante teve pedido de partilha da aposentadoria do falecido negado.



(...) Nesta terça-feira (3), os ministros da mais alta corte do país estiveram às voltas com um triângulo amoroso entre o fiscal de renda Valdemar do Amor Divino, a mulher dele, Railda Conceição Santos, e a amante, Joana da Paixão Luz. E tiveram que discutir a pendenga judicial de sete anos entre as duas em torno da pensão dele, que já morreu (...) Homem teve 11 filhos com a esposa e outros 9 com a amante (...)

Isso sim é o que podemos chamar de “amor divino”. O cara teve 20 filhos !!! ca-ra-lho!!! 9 destes foi com a amante!!!
Pergunto-me apenas como foi que ele conseguiu gerenciar tudo isso durante 37 anos (!)
O detalhe delicioso fica por conta dos sobrenomes. Acho que essa notícia é um “hoax”. Só pode...

sexta-feira, maio 30, 2008

...

Se eu combinar "Depeche Mode" com "When in Rome" tenho pouca chance de terminar minha vida como um bom reprodutor.

Viadinho?

Minha preocupação primaria é:

Quanto podemos ouvir de Depeche Mode sem virarmos bichinhas?