sexta-feira, abril 25, 2008

Acharam o Padre Poppins!


Então tá então ...


quarta-feira, abril 23, 2008

Darwin Awards : e o prêmio vai para …

"Eu preciso que alguém me ensine a usar este GPS"
(Dito por Padre Adelir de Carli quando estava a mais de mil metros de altitude)

Um padre que sai voando pendurado por centenas de balões de festa inflados com gás hélio usando uma “roupa térmica” confeccionada em casa à base de papel alumínio e que pergunta a mais de mil metros de altitude como funciona o GPS, esse cara não queria chamar a atenção para uma causa ou para a sua paróquia, não. Neguinho queria mesmo faturar o Darwin Awards 2008 com menção de louvor.

“Alô Houston, temos um problema…”


Sobre o Darwin Awards:

Para os poucos desinformados que ainda não o conhecem, o D.A. é uma homenagem àqueles que ajudaram a aprimorar a espécie humana acidentalmente removendo-se dela.
Em outras palavras, se uma pessoa morre de uma forma acidental estúpida ela estaria poupando as futuras gerações de seu gene igualmente estúpido.




UPDATE 1: Nem terminei de escrever este post e vi que já podemos nos orgulhar pois somos candidatos ao D.A.! É do Brasiiiiiiiiil !
UPDATE 2: Gente, vamos dar uma força pro padre faturar o Darwin Awards. A votação no site já começou. Esse troféu é nosso !
Para votar clique AQUI


Sem dor na consciência

Você seria capaz de comer uma mulher com paralisia cerebral?
Eu sim. Comeria com muito gosto essa Miss Iowa maravilhosa apesar da deficiência. E ainda ia embora esquecendo-a pendurada no galho da árvore*.




* Essa piada é velha e manjadíssima. Se você não a conhecem, pergunte para aquele amigo mala que te manda toneladas de piadas sem-graça por dia entupindo sua caixa de menssagens

sexta-feira, abril 18, 2008

Marisa, a inútil




Definitivamente essa mulher não tem amigos. Gasta a nossa grana tresloucadamente e sai de casa vestida como um sofá.
Peguei na Corja

quinta-feira, abril 17, 2008

Eçe paiz é uma coisa linda !!!

Parafraseando o babalorixá da Banânia: nuncaasntesneçepaiz o pobre viajou tanto pras oropa. Seja para fugir da miséria real já que a Banânia próspera e rica só existe nos devaneios fantasiosos do apedeuta ou seja para visitar algum parente que ficou ou que partiu durante o êxodo humano, o que se vê é uma horda de Vanderson zanzando de um lado para outro no embarque internacional com seblantes que variam entre a euforia e o medo do que virá pela frente. Todos de bonés e carregando um bolsa da Droga Raia nas mãos. Kacyneides se exibem com seus fartos decotes e com suas calças enfiadas no cu ou mini-saias três dedos acima da boceta. Não é tão difícil deduzir o porquê de tanta deportação de bananeiros efetuadas pela polícia alfandegária européia.
Narro para vocês duas situações. De todas as histórias que eu poderia fantasiar, escolhi as duas verídicas, uma na ida e outra na volta.

As kiança tudo brincando

No trajeto Paris – Sumpaulo: Waldiscléia e suas duas “kiança”

– pausa para explicação etimológica -

1) Variação da palavra “criança”, “kiança” é o complemento nominal mais utilizados pelos pobres para justificar uma indignação. Podem notar que num noticiário popular – Cidade Alerta, por exemplo – tem aquele caso do filho-de-papai que saiu dando cavalo-de-pau com o carro numa rua cheia de pedestres, perdeu o controle, atropelou o pedreiro pai de doze filhos que voltava do trabalho e nem preso foi.
O repórter vai até o local do acidente entrevistar os moradores ou as testemunhas e invariavelmente ouvirá o depoimento indignado de uma senhora que dirá:

- O moço entrou a toda na rua e tinha um monte de kiança brincano. Imagina só o perigo se ele atropela as kiança ...

A narrativa acima mostra que, ao contrário de estar cagando pra morte do pedreiro, essa senhora está indignadíssima com o ocorrido e usa as “kiança” para potencializar a gravidade do acidente e o sentimento de revolta.

2) “Kiança” também pode ser usada como objeto direto de desculpa esfarrapada. Um exemplo é o ramelento que dispara a campainha da casa do seu Zé todo o santo dia. Quando o seu Zé pega o moleque no flagra e vai tirar satisfações com a mãe ele indubitavelmente ouvirá:

- Ai seu Zé, num posso batê não. É kiança ...

Se o seu Zé fizer justiça com as próprias mãos e espancar o garoto até a morte o termo “kiança” que aparecerá na narrativa da reportagem voltará então a ser complemento nominal de indignação.

- voltando ao causo-

Encontrei a Waldiscléia e suas duas filhas na fila do check-in. As meninas corriam de um lado para outro e a mãe gritava em alto brado para que elas parassem. Num determinado momento a fila inteira olhava feio para a mãe, não por causa das meninas mas por causa dos gritos da histérica. Ela se justificava para a fila impassível : “Ai gente, são kiança...” .
Reencontrei-as no raio-x da polícia alfandegária francesa. Waldiscléia estava com a mala de mão cheia de gelatina e suco em caixinha, o que é proibido por lei e quem viaja já está careca de saber que não se entra com líquido na cabine em vôos internacionais. Mas ela se mostrava indignadíssima em ter sua carga de gelatinas apreendida. Mandou as kiança comerem tudo ali mesmo na frente da policial francesa enquanto gesticulava e falava alto (em português) para a policial impassível que não estava entendendo lhufas: “Ai dona, eu sei que é proibido, eu sei que não pode mas são kiança ...” (como se quisesse dizer que nesse caso específico a lei deveria ser reescrita).

No avião o aeromoço pediu gentilmente para que Waldiscléia controlasse as meninas. Já sabem a resposta, né? Pois é: “Num posso batê não, moço, elas são kiança ...”
E as kiança infernizaram a todos por um bom tempo.

Na manhã seguinte lá estavam as kiança novamente enchendo o saco. Sentaram na esteira de bagagens achando que era carrossel. Um funcionário da EMBRAER perde a paciência e grita pras kinça saírem e a mãe rebate no mesmo tom: “Num grita com elas não, são só kiança!”.
Na saída para o saguão da ala de desembarque existe um grande “matadouro” para organizar a fila dos passageiros que terão que passar pelo último pesadelo: ter a mala revistada ou não pela polícia federal. Essa fila, apesar de rápida, é kilométrica pois são passageiros de vários vôos que se organizam para sair ao mesmo tempo. Ouço a voz de uma mulher falando muito alto, era Waldiscléia que gritava com as kiança. Não pude me conter de curiosidade e estiquei o corpo para ver o que estava acontecendo. A fila não andava mais atrás de mim pois as kiança, que tinham pego um carrinho de bagagem cada uma para brincar, conseguiram encalacrar um carrinho no outro e bloquearam a fila para o desespero de Waldiscléia.
Ainda antes de sair pude ouví-la gritando: “Chuta elas não, moço! São kiança, são kiança*!

*Kiança é imflexível, inconjugável e não existe no plural.

Sumpaulo – Paris com Kléverson, o Mano

Eu já escrevi aqui, num desses posts passados, o quanto eu sou azarado com meus vizinhos de assento em transportes coletivos em geral. As gostosas desfilam seus grelinhos diante do meu nariz e sentam-se sempre longe de mim. Já os chatos, os sem-banho, os obesos, as faladeiras ou crianças pentelhas, esses fatalmente sempre se sentarão ao meu lado. No caso do avião, se eu tiver a infelicidade de sentar na poltrona do meio, certamente serei entalado por dois dos tipos acima descritos sendo um deles o obeso(a).
Pois na minha volta ao lar tive a agoniante companhia de um mano querendo imigrar. Era a primeira vez que eu via um mano num vôo internacional. Supostas garotas de programa eu já vi às pencas (nunca ao meu lado, infelizmente e óbvio) mas um mano de verdade era a primeira vez.
Kléverson estava em êxtase profundo e não conseguia conter a euforia: tirava foto de tudo, mesmo antes do avião decolar. Estava na fileira do meio, como eu (óbvio) e ao meu lado (óbio, óbvio, maldição, óbvio). Graças à alguma força muito benéfica do universo ele não estava diretamente ao meu lado. Havia um japonês dorminhoco entre nós.
Indagando como tudo é belo e lindo no universo, Kléverson começou a querer saber todo o funcionamento do avião e começou alugar o mané aqui: “Pra que serve esse botão?”, “Como reclina essa cadeira?”, “Onde é o banheiro?” *

Nota: o Kléverson não pedia “com licença” e nem “por favor” quando se dirigia a estranhos. Nós todos ao seu redor éramos simplesmente personagens oníricos do mais belo sonho que ele estava vivendo. Ele não nos via como seres humanos mas sim como seres spectrais cheios de luzes, elos azuis, magia e duendes de um mundo encantado.

Kléverson me estressou pois não me dava um minuto de sossego. Me perguntou como fazia para aumentar o volume de sua “televisã”o. Foi minha última intervenção atenciosa, disse que a tal da “televisão” (o pequeno monitor que temos em nossa frente para nos entreter durante o trajeto) não estava ainda em funcionamento e que a aeromoça iria passar mais tarde para distribuir fones de ouvidos para todos nós e assim poderíamos, cada um, ouvir sua própria “televisão” no volume que bem quiséssemos.
Um japa sonolento sentou entre nós, agradeci à Zeus forever. Kléverson agora tinha alguem imediatamente ao seu lado para infernizar. E infernizou. Encheu o saco minúsculo do pobre japa até que ele resolveu se drogar e dormir a viagem toda.
Kléverson ainda perguntou pro japa quando que ele poderia retirar o cinto de segurança ao que o japa respondeu: “Depois que apagar aquela luz ali”. Como a luz não apagava e o avião nem ainda tinha decolado, Kléverson chama um aeromoço para pedir que ele pegue um pacote de bolacha na sua bagagem de mão. Eu queria morrer aos pouquinhos ...
Eu o olhava com aquele desprezo elitista nojento e ele me enchia de perguntas: “Vai pra Paris?”, “Tem passaporte europeu?”, “Tem dupla cidadania?”, “Fala outra língua?”. Saquei na hora que o mano tava indo pra ficar e nem conseguia ser discreto.
Na hora da janta, as aeromoças começaram servindo as filas da frente (estávamos no fundo) e Kléverson começa a acenar desesperadamente para elas. Uma delas interrompe o serviço e vem ao fundo em sua direção perguntando qual era o problema. Kléverson exige seu jantar. Para ele nao existia uma sequência a ser seguida, ele deveria ser servido no mesmo momento que os primeiros da fila. O vôo todo foi assim: se serviam sobremesa no início das filas, Kléverson começava a acenar desesperado para que o servissem também. Levou até esporro do aeromoço: “Senhor, calma. Todos nós teremos nossa vez nesse vôo. Tente ser educado”. Foi assim com a sobremesa e com o cafezinho digestivo.
Aí é que tá, Kléverson não era malvado, ele só não tinha nenhuma noção de educação e civilismo. Porém, cada vez que sobrava algo em sua bandeja ele não exitava em nos acordar para nos oferecer. Fosse um pedaço de queijo ou um chocolate, ele gentilmente nos oferecia o que ele não iria comer.
Vi que o Kléverson era um poço de ignorância mas um ser humano bonzinho. Fiquei tocado.
O avião aterrisou, taxiou e estacionou, Kléverson se levantou durante o processo e foi correndo pra saída de desembarque. Havia uma fila que ele nem respeitou, foi passando um por um até ser o primeiro a desembarcar.
Quando eu entrei no túnel de desembarque, cruzei por um Kléverson desolado que foi colocado de lado pela polícia francesa. Todos nós desembarcaríamos mas o Kléverson nem chegou a passar pelo “pré” pente-fino da polícia de imigração.
Pensei em ajudá-lo como intérprete mas meu egoísmo me impediu: se eu parasse para ajudá-lo eu perderia minha conexão.
Isso me arrasou. Não parava de pensar nele, em toda sua excitação durante a decolagem (gritava: AAAAhhhhhhhhhhhhhhhhh minha Nossa Senhooooooraaaaa...) e na maneira simplista como ele se comportava no vôo. Eu só sabia que de Paris ele iria para Madrid, paraíso dos manos (wwwwoouuuuu) e das minas (ahhhhhhhhhh))
Após passar pela imigração, fui para a esteira de saída de bagagens recuperar minhas malas, o que levou um certo tempo, depois saí pelo saguão de desembarque para pegar o TGV para a Bélgica. Ainda incomodado com a história do Kléverson parei atrás do vidro do salão de desembarque e olhei para o salão de saída de bagagens pela última vez na esperança de vê-lo ali, liberado pela polícia e tirando fotos compulsivamente do aeroporto de Paris. E qual não foi minha surpresa ao ver o Kléverson saltitando pelo salão das bagagens, recém liberado pela polícia? Quando o vi, fiquei na dúvida se realmente seria ele mas minhas dúvidas rapidamente se dissiparam quando o vi subindo na esteira e entrando pelo vão de saída das bagagens para ir buscar a sua diretamente no container. Aquele é o Kléverson: um brasileiro que, além de não desistir nunca, enche o saco pra caralho.
Nuncanaistóriadeçepaiz ...

segunda-feira, abril 07, 2008

Volto Djá!


Só mais uma semaninha e estarei de volta às gélidas terras do norte postando normalmente nesse blog semi-abandonado.
Enquento isso, aproveitem que a Katchatcha escreveu seu post anual.