segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Allah, Meu bom Allah ....

"....Mande água pra Ioiô, mande água pra Iaiá ..."
Não me surpreenderia se essa marchinha de carnaval idiota pudesse um dia voltar a atenção e o ódio dos islãmicos para nossa tão sofrida pátria-amada. Fico imaginando a cena se repetindo exaustivamente no Jornal Nacional: corpos e mais corpos de foliões mutilados após o ataque simultãneo de dezenas de homens-bombas por todo o território nacional em plena terça-feira de carnaval.
Meses antes, o digníssimo senhor presidente tentou explicar em pronunciamento oficial que carnaval é festa de 'trabaiadô', que o pobre espera o ano inteiro pra ter alguns dias de folia e pingaiada e por isso ele não poderia privar o 'trabaiadô' de cantar as duas marchinhas boçais que o islã acabara de condenar: "Olha a cabeleira do Zezé" (João Roberto Kelly-Roberto Faissal) e "Allah la ô" (Haroldo Lobo e Nássara).
Ainda meses atrás, dezenas de turistas e membros de missões diplomática brasileira em países islãmicos foram sequestrados, estuprados e esquartejado diante de cameras de vídeos. As imagens foram divulgadas pela emissora Al-Jazira. Seus algozes vomitavam de raiva em frente às cameras, exigindo que o governo brasileiro pedisse desculpas pela heresia que estava cometendo e exigindo a punição física dos compositores desrespeitosos. Tudo em vão.
Ninguém pediu desculpas pra ninguém. O Fantástico parou de relatar o drama dos brasileiros sendo empalados por radicais islãmicos pois uma pesquisa do Data-Folha comprovou que 62% dos brasileiros das classes "B" e "C" estavam cagando e andando para o sofrimento de seus compatriotas, enquanto 36% do mesmo público estava pouco se fodendo para os fatos (2% não opinaram ou disseram que não sabiam de nada, não viram nada e não contaram pra ninguém).

A catastrofe teve proporções arrasadoras:

- Na Bahia, um trio-elétrico bomba explodiu matando dois milhões e meio de pessoas. Quem não morreu não notou nada do que aconteceu e milhões de foliões continuaram a dançar e pular alucinadamente até o dia clarear.

- No Rio, uma passista-bomba que desfilava pela Salgueiro explodiu suas próteses mamárias de nitroglicerina e matou duzentas pessoas. A explosão atrasou o desfile das Escolas de Samba, a Salgueiro foi prejudicada com perda de pontos e terminou em sétimo lugar na classficação geral do primeiro grupo. O presidente da escola disse que vai recorrer na justiça.

- Em São Paulo, centenas de foliões fantasiados de sheik árabe foram mortos fuzilados pela polícia militar, outros foram presos e torturados. Horas depois todos foram liberados por falta de provas, mesmo após terem assumido a autoria dos atentados no carnaval brasileiro, participação nos atentados de 11 de setembro no WTC, participação no assassinato do prefeito Celso Daniel e de Odete Roitman.

Um mês após os atentados, a Rede Globo organiza um tributo aos mortos do carnaval brasileiro. Xitãozinho e Xororó, Sandy & Júnior, Daniel, Padre Marcelo Rossi e Ivete Sangalo se abraçam em um unissono de fazer qualquer ser humano padecer de indigestão mas o povo vai às lágrimas. Xuxa e Renato Aragão fazem discursos emocionados. Um número de telefone 0800 é anunciado para arrecadar fundos e, antes mesmo do final da transmissão ao vivo, é iniciada a campanha publicitária para a venda de CDs e DVDs deste insquecível tributo. Ah, me esqueci, o MacDonald manda avisar que 0.012% das vendas do Mac Lanche Feliz nesse dia será revertida em benefício ao fundo das vítimas do carnaval brasileiro.