sexta-feira, agosto 24, 2007

Se eu ganhasse na loteria ...

“... eu compraria uma casa nova, uma casa na praia, um carro importado, ajudaria a família, os amigos, doaria dinheiro para instituições de caridade, blá-blá-blá, blá-blá-blá, blá-blá-blá, blá-blá-blá, blá-blá-blá, blá-blá-blá, blá-blá-blá ...”

Qualquer mortal que viva neste planeta já fez alguma vez na vida planos para caso ganhasse na loteria, principalmente em épocas em que os prêmios acumulam como é o caso da Mega Sena dessa semana. A idéia de se tornar milionário da noite para o dia seduz a todos e estimula os mais variados sonhos de consumo, poder, ou sexual.
Quando já se é um milionário de carteirinha, a vida, dado um certo momento, tende a ficar chata. Sair de casa de manhã pilotando sua Ferrari 456 GT para ir ao trabalho, no heliporto de seu escritório voar para sua ilha particular em Angra para passar o final de semana comendo uma dessas Ana Hickmann da vida acaba se tornando banal, rotineiro e acaba por provocar reflexões internas profundas: o que mais a vida me oferecerá? Pessoas ricas assim terminam dando o cu e se suicidando por overdose de heroína, afinal: o que existirá ainda de bom para se fazer na vida após se ter comido a Ana Hickmann?
A coisa é bem diferente quando somos durangos de nascença. Aprendemos a dar valor para cada nova conquista. O caviar é delicioso quando passamos nossa vida à base de mortadela, se é que voces me entendem. Num dia você vai levar o seu Uno mille na oficina pela enésima vez no ano, no outro voce pode acelerar pelas ruas do subúrbio a bordo de um Porsh conversível, num dia voce come aquela balconista da padaria que você conheceu no pagode de domingo, no outro você desfila pela vila com uma top-model pendurada em seu pescoço. A possibilidade, mesmo que com chance de 1 para 53.000.000, de acordar milionário de um dia para o outro estimulam nossa imaginação sobre como seria essa nova vida. Mas tem-se que pensar grande e ser criativo senão corre-se o risco de terminar sua vida como aquele tiozinho bóia-fria que ganhou 50 milhões na Mega Sena, casou com a putinha, levou uns cornos e morreu pipocado pelos amiguinhos gente-fina da vadia. O cara não era nenhum Alain Delon mas com a grana que ganhou poderia ter comprado uma foda muito mais estilosa.

A Mega Sena aqui das oropas é o Euromillion. Eu faço de vez em quando uma fezinha na tentativa de arrematar minha terceira e última chance de ser milionário, as duas anteriores já falharam: nasci pobre e infelizmente me casei por amor. Como todo e qualquer humano, também tenho meus sonhos mas, ao contrario do que vocês possam pensar, nem sempre a dinheirama é o aspecto mais importante da realização de meus desejos. Leiam abaixo.






Se eu ganhasse na loteria ...

... eu não trabalharia mais, e nem permitiria que amigos e familiares continuassem a trabalhar. Acho que trabalhar é uma puta sacanagem para com as pessoas.
Me instalaria de imediato numa cobertura em alguma grande cidade, nada muito luxuoso mas bastante confortável. Seria apenas conhecido como “o morador do 1003”. Lá no alto eu instalaria meu rifle russo Dragunov SVD sobre tripés e dedicaria várias horas do meu dia a me divertir atirando na cabeça de transeuntes incautos.
Promoveria altas festas regadas à champagne Moët &Chandon e muita cocaína. Corpos de modelos intoxicadas amanheceriam boiando na piscina e não raro alguma prostituta seria atirada de lá do alto para ver se quica. A senha para entrar nas festas seria: Fidélio!
Compraria um jipe Hummer e nunca mais precisaria procurar uma vaga para estacioná-lo: deu vontade de parar eu simplesmente “abriria” a vaga com jeitinho, esmagando o maior número de carros possível.
É óbvio que eu faria o circuito de fodeção dos bacanas. Do básico (Piovanni/Cicarelli/Galisteta) ao sofisticado (Hickmann/Bundchen/Birkheuer) mas neste quesito eu iria inovar. Ler num jornal que o bacana comeu a fulaninha não é novidade nenhuma mas nunca li nenhuma reportagem que dizia que o bacana estava comendo uma nômade tuareg ou uma princesa maori, por exemplo. Partindo deste conceito, eu manteria um harém com escravas sexuais de várias etnias e de diferentes lugares do mundo. Se na segunda eu fizesse uma orgia com aborígenes australianas, terça seria dia de beduínas argelinas.
Frequentaria aqueles clubes secretos de milionários excêntricos que pagam milhares de dólares para caçar seres-humanos numa floresta ou para degustar animais em extinção em disputados jantares. Falando em animais em extinção, eu mataria a minha curiosidade gustativa provando pratos à base de coala, urso panda, ararinha azul, ornintorrinco entre outros animais raros. Provaria a carne humana também.
No final de minha vida, já velho e cansado, mandaria construir uma pirâmide cercada por algumas estátuas minhas. Lá eu seria enterrado com todas as jóias e dinheiro que ainda sobrasse e com alguns empregados vivos.

*Como estou adquirindo essa fantástica revista que nos ensina a ganhar na loteria, se vocês olharem para a rua e verem um Jeep Hummer arrastando uma prostituta amarrada ao pára-choques não se assustem: sou eu comemorando a sorte grande!

3 Comments:

At 9:36 PM, Blogger Mairocas said...

depois de várias semanas trabalhando sem intervalo, nem sábado ou domingo, só tu mesmo para me fazer rir às gargalhadas!! hehehe..

 
At 10:11 PM, Blogger Joe Bass said...

Mas Bah! É só eu escrever sério por uma única vez que tu cai na gargalhada ... preciso rever meus conceitos.

 
At 12:08 PM, Anonymous Anônimo said...

vc se superou neste item. Se eu acreditasse em psicologos, te indicaria um, mas como nao creio mais nos psis, acho que vc tem que assistir menos noticiarios rsrsrsr

 

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