terça-feira, janeiro 01, 2008

Alexandria, um banquinho e um violão

Fundada por Alexandre (o Grande) com a intenção de coroar a sua vitória sobre o Egito uns 300 anos antes de Cristo, Alexandria foi o porto mais importante da antiguidade, possuia uma das 7 maravilhas do mundo antigo (o Farol de Alexandria), abrigou o palácio de Cleópatra VII (sim, existiram 7 Cleópatras mas só a mais piroqueira ficou conhecida) e foi palco da maior CA-GA-DA da história de toda a humanidade (explicarei adiante).

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Vista da Baía de Alexandria. A esquerda situava-se o famoso farol e ao centro despontava o palácio de Cleópatra, a Pistoleira


Bom, falemos da maior CA-GA-DA da história da humanidade. Alexandria possuiu a maior biblioteca da história da humanidade. Sendo o ponto de ligação entre o ocidente e o oriente, seus idealizadores cuidaram para que ela ostentasse pergaminhos de todos os povos e culturas conhecidos na época. A biblioteca chegou a abrigar 900.000 pergaminhos sobre vários assuntos e em vários idiomas diferentes. Um verdadeiro marco do saber, atraía estudiosos de várias partes do mundo para consultar o seu acervo.

Mas daí chega o energúmeno do Marco Antônio e resolve colocar fogo na frota de barcos romana para incentivar suas legiões. Essa maneira estúpida de incentivo de pessoal era bastante utilizada no passado, Alexandre o grande foi um dos adeptos da destruição de tesouros para motivar as tropas a conquistar tudo o que foi destruído novamente.
Pois é, o cara tava lá de bobeira, comendo a Cleópatra e sem muitas emoções na vida, resolveu tocar fogo na frota. Porém, o porto antigo situava-se em frente à biblioteca e o fogo se espalhou ...
900.000 pergaminhos cuidadosamente selecionado por uma junta curadora de intelectuais virou cinza.
Construiram recentemente outra biblioteca no mesmo local e existe um esforço em transformá-la num grande centro do saber novamente. Por via das dúvidas transferiram o porto para um outro lado da cidade.



Atual Biblioteca de Alexandria. A arquitetura de gosto duvudoso eu deixo para ser comentada pela nossa leitora arquiteta e fundamentalista radical Maíra (desculpem-me mas eu não tenho mais saco pra isso)